Involuntariamente.
Todas as coisas sobre a mesa.
Desligue o botão quando acabar.
Armários sem pó.
Porta fechada quando sair.
Fogo apagado quando estiver pronto.
Olhe para baixo quando algo cair.
Sorria quando se alegrar.
Mastigue enquanto come.
Dê passos na escada.
Deite ao dormir
Respire e inspire.
Ao tomar água engula.
Pise no chão ao caminhar.
Ligue o chuveiro quando tomar banho.
Ao chorar produza lágrimas.
Ande sempre verticalmente.
Quando dirigir esteja dentro do carro.
Enquanto fala emita palavras.
Digite com os dedos no teclado.
Fique nervoso quando sentir raiva.
Se doer sinta.
Caminhe com as duas pernas.
Quando se vestir fique dentro da roupa
Engula a saliva.
Abra a boca quando falar.
Se carregar algo segure.
Veja com os olhos.
Se viver é tão simples assim, então por que complicar?
Wednesday, May 31, 2006
Tuesday, May 30, 2006
Pelo espaço...
Às vezes tenho a impressão de que eu cheguei muito tarde na estação e perdi um trem que não volta mais.
Vi muitos correndo para chegar a tempo e continuei com meus passos curtos, sem me abalar.
Subia estática pela escada rolante enquanto pessoas esbarravam por mim e desprezavam o movimento dos degraus.
Quando cheguei à estação o trem tinha acabado de partir, e mesmo se eu corresse agora não ia mais adiantar. Ele já tinha ido.Deu tempo de ver ainda o reflexo de sua partida pelo espelho que havia ao lado do relógio. E o relógio parecia acelerar os minutos, contrapondo-se a uma lei universal de que quando esperamos alguma coisa o tempo custa a passar.
Na estação vazia, eu sentei nos bancos e tentei prever se ainda demoraria muito, apesar dos ponteiros rodarem tão rápido.
Fiquei inquieta, me levantei, e abaixei a cabeça, desanimada. Vi que por onde passava o trem, havia muitos ratos que se confundiam com a cor das pedras e dos trilhos. E percebi que tudo que fica no mesmo lugar sobrevive, mas não é visto por ninguém que passa
por cima.
O outro trem chegou, e quase vazio levava algumas pessoas dispersas em seus vagões.
Perdida com tanto espaço sentei ao lado da janela e tentei contar os minutos perdidos, mas eram tantos que não tinha como calcular.
Sem mais tempo escolhi a escada de concreto para subir a passos largos, longe de todo mundo que esperava na fila dos degraus rolantes.
Dessa vez subi sozinha, e só eu corria tentando recuperar um tempo que já estava perdido.
Lá fora o farol fechou e eu não respeitei a vez dos carros passarem. Precisava correr, correr muito , e nada do que dissessem ao redor de mim ia me fazer parar.
Mas quem pegou o primeiro trem tinha chegado no horário, e eu estava cansada, lá atrás...
Às vezes tenho a impressão de que eu cheguei muito tarde na estação e perdi um trem que não volta mais.
Vi muitos correndo para chegar a tempo e continuei com meus passos curtos, sem me abalar.
Subia estática pela escada rolante enquanto pessoas esbarravam por mim e desprezavam o movimento dos degraus.
Quando cheguei à estação o trem tinha acabado de partir, e mesmo se eu corresse agora não ia mais adiantar. Ele já tinha ido.Deu tempo de ver ainda o reflexo de sua partida pelo espelho que havia ao lado do relógio. E o relógio parecia acelerar os minutos, contrapondo-se a uma lei universal de que quando esperamos alguma coisa o tempo custa a passar.
Na estação vazia, eu sentei nos bancos e tentei prever se ainda demoraria muito, apesar dos ponteiros rodarem tão rápido.
Fiquei inquieta, me levantei, e abaixei a cabeça, desanimada. Vi que por onde passava o trem, havia muitos ratos que se confundiam com a cor das pedras e dos trilhos. E percebi que tudo que fica no mesmo lugar sobrevive, mas não é visto por ninguém que passa
por cima.
O outro trem chegou, e quase vazio levava algumas pessoas dispersas em seus vagões.
Perdida com tanto espaço sentei ao lado da janela e tentei contar os minutos perdidos, mas eram tantos que não tinha como calcular.
Sem mais tempo escolhi a escada de concreto para subir a passos largos, longe de todo mundo que esperava na fila dos degraus rolantes.
Dessa vez subi sozinha, e só eu corria tentando recuperar um tempo que já estava perdido.
Lá fora o farol fechou e eu não respeitei a vez dos carros passarem. Precisava correr, correr muito , e nada do que dissessem ao redor de mim ia me fazer parar.
Mas quem pegou o primeiro trem tinha chegado no horário, e eu estava cansada, lá atrás...
Monday, May 29, 2006
Diálogos do Inconsciente...
Sim.
Não, mas não é assim.
Por Favor.
Deve ser .
Sério?
Bom, eu acho.
É, talvez .
Parece.
Simples, pronto.
Nem tudo.
Raras vezes.
Para isso...
Você, claro.
Ai...
Calma, olha...
Já sei.
É?
Pelo menos.
E se você...
Sim, sim.
Claramente.
As vezes.
É mas não dá.
Sempre acho isso.
Por mim...
Vamos.
Deixa.
Assim não.
Por que?
Nunca.
É, mas sei lá.
Tem que ser.
Quando?
Dessa forma.
Poderia, mas não.
Tá bom.
Por aqui.
Naquela hora.
É.
Pode.
Precisava.
Eu não.
Ví, e você?
Nem tanto.
Quase Nada!
Sim.
Não, mas não é assim.
Por Favor.
Deve ser .
Sério?
Bom, eu acho.
É, talvez .
Parece.
Simples, pronto.
Nem tudo.
Raras vezes.
Para isso...
Você, claro.
Ai...
Calma, olha...
Já sei.
É?
Pelo menos.
E se você...
Sim, sim.
Claramente.
As vezes.
É mas não dá.
Sempre acho isso.
Por mim...
Vamos.
Deixa.
Assim não.
Por que?
Nunca.
É, mas sei lá.
Tem que ser.
Quando?
Dessa forma.
Poderia, mas não.
Tá bom.
Por aqui.
Naquela hora.
É.
Pode.
Precisava.
Eu não.
Ví, e você?
Nem tanto.
Quase Nada!
Thursday, May 25, 2006
Sobre sensações e reações
Os músculos da testa se contraem e os lábios ficam cerrados.
Os dedos inquietos são estalados a cada minuto e as mãos estão suando frio.
As pernas se movimentam de maneira repetitiva quando sentada, e uma dor surge por todos os seus ossos.
Algumas horas chora, em outras ri demasiadamente, e há ainda aquelas em que consegue fazer tudo isso ao mesmo tempo.
É ela está com raiva. E tenta entender porque algumas pessoas possuem um senso de humor demasiado logo pela manhã.Esses sorrisos em excesso não podem ser verdadeiros.Eu respeito quem fica quieto nas primeiras horas do dia não só porque eu sou assim, mas por perceber que essas pessoas estão se adaptando a um novo dia.
Há um longo processo até se desligar dos sonhos, pensar no que há para se fazer, lembrar dos seus compromissos, resgatar o seu próprio eu que adormecia por longas horas na noite anterior.
Às vezes não se consegue nenhuma comunicação antes do sol da tarde com pessoas assim. E forçar algumas palavras principalmente aquelas questionadoras do seu estado só pode piorar a situação.Há alguns que arriscam quando perguntam se estou de TPM,e é quando me eximo de qualquer explicação, mesmo porque eu não quero falar , nem ao menos expor a minha concepção sobre o assunto.Deixo escapar um sorrisinho sem graça e volto a fazer o que estava fazendo. Não, eu não tenho tensão pré-menstrual, apesar de muita gente acreditar que eu sofro da reação todos os dias do mês, e não só no ciclo.
Dar esse tipo de palpite é acreditar naquela idéia machista de que todas as mulheres são iguais, e que há um período certo que acompanha a mudança dos seus hormônios em que elas ficam com sentimentos à flor da pele. Se estão nervosas, não podem estar indignadas por algum motivo , ou ainda menos terem esse aspecto intrínseco em sua personalidade.Mulher tem que ser calminha, feminina, suave, delicada...Qualquer ação que denote grosseria é taxado de característica masculina, coisa de homem que bate na mesa, fala alto, xinga alguém na rua e coça o saco.
Alias, qualquer atitude que desestabiliza o senso comum já cria certo desespero interno das pessoas. Elas não conseguem entender o porque de um silencio, um bom dia curto , momentos de reclusão.É claro que por sorte existem aqueles raros seres no meu convívio que entendem tudo isso, por respeitar ou por serem iguais.
Mas o geral são pessoas que sorriem muito para mim de manhã e se assustam quando eu não faço o mesmo. Garanto que essas pessoas tem mais crises internas do que eu.Elas poderiam expor o seu ódio, era só franzir a testa...
Os músculos da testa se contraem e os lábios ficam cerrados.
Os dedos inquietos são estalados a cada minuto e as mãos estão suando frio.
As pernas se movimentam de maneira repetitiva quando sentada, e uma dor surge por todos os seus ossos.
Algumas horas chora, em outras ri demasiadamente, e há ainda aquelas em que consegue fazer tudo isso ao mesmo tempo.
É ela está com raiva. E tenta entender porque algumas pessoas possuem um senso de humor demasiado logo pela manhã.Esses sorrisos em excesso não podem ser verdadeiros.Eu respeito quem fica quieto nas primeiras horas do dia não só porque eu sou assim, mas por perceber que essas pessoas estão se adaptando a um novo dia.
Há um longo processo até se desligar dos sonhos, pensar no que há para se fazer, lembrar dos seus compromissos, resgatar o seu próprio eu que adormecia por longas horas na noite anterior.
Às vezes não se consegue nenhuma comunicação antes do sol da tarde com pessoas assim. E forçar algumas palavras principalmente aquelas questionadoras do seu estado só pode piorar a situação.Há alguns que arriscam quando perguntam se estou de TPM,e é quando me eximo de qualquer explicação, mesmo porque eu não quero falar , nem ao menos expor a minha concepção sobre o assunto.Deixo escapar um sorrisinho sem graça e volto a fazer o que estava fazendo. Não, eu não tenho tensão pré-menstrual, apesar de muita gente acreditar que eu sofro da reação todos os dias do mês, e não só no ciclo.
Dar esse tipo de palpite é acreditar naquela idéia machista de que todas as mulheres são iguais, e que há um período certo que acompanha a mudança dos seus hormônios em que elas ficam com sentimentos à flor da pele. Se estão nervosas, não podem estar indignadas por algum motivo , ou ainda menos terem esse aspecto intrínseco em sua personalidade.Mulher tem que ser calminha, feminina, suave, delicada...Qualquer ação que denote grosseria é taxado de característica masculina, coisa de homem que bate na mesa, fala alto, xinga alguém na rua e coça o saco.
Alias, qualquer atitude que desestabiliza o senso comum já cria certo desespero interno das pessoas. Elas não conseguem entender o porque de um silencio, um bom dia curto , momentos de reclusão.É claro que por sorte existem aqueles raros seres no meu convívio que entendem tudo isso, por respeitar ou por serem iguais.
Mas o geral são pessoas que sorriem muito para mim de manhã e se assustam quando eu não faço o mesmo. Garanto que essas pessoas tem mais crises internas do que eu.Elas poderiam expor o seu ódio, era só franzir a testa...
Wednesday, May 24, 2006
Resistência
As baratas podem sobreviver até depois da explosão de uma bomba nuclear.
No fim desse mundo, elas serão as únicas para contar história, já que os seres humanos morreriam imediatamente após a emissão de gases químicos.
Queria entender qual seria o mecanismo de defesa que elas usam para se proteger do inimigo. Talvez seja a sua casquinha dura que proteja o seu corpo, já que se mostra resistente quando damos uma chinelada.O barulho conflitante não nega pelo menos.
Ela também é super veloz, e algumas até voam muito rápido, fato comprovado quando perseguimos inutilmente o inseto.
Eu já falei aqui que sou expert em matar baratas?Pois é, se tivesse alguma pessoa interessada sobre isso, eu poderia ministrar aulas de motivação e técnicas práticas de incentivo no combate.
Elas costumam andar em ziguezague, o que comprova uma inteligente tática de fuga.
As pessoas tropeçam, dão chineladas nos lugares errados, não miram bem o inseticida e se assustam quando o inseto muda o percurso, muitas vezes indo até a sua direção.
Perspicazes, parecem rir quando movem apenas a anteninha, e ficam quietas, observando os nossos movimentos.
Assim quando chegamos perto, elas saem, muito ágeis, e se escondem por frestas de paredes ou embaixo de móveis.
É preciso ser mais rápida que ela e eliminar por alguns segundos os sentimentos de nojo ou de pavor. Quando se identificam com a sua personalidade também fica mais fácil.Você pode confundi-la, se ficar parada em sua frente, apenas mirando e esperando o momento exato da distração e dar uma chinelada certeira! Mas a chinelada tem que ser bem forte, e você deve ouvir o barulhinho “créc” da casca dela sendo esmagada, só assim está comprovado o falecimento.
Só tire o chinelo de cima quando ouvir mesmo o som, e talvez até sentir o seu corpo em frangalhos, com os dedos ainda sobre o chinelo, é claro.
Após tirar o chinelo, você pode sentir um pouco de náusea e enjôo, o que é natural, pois a parte inferior do calçado vai estar totalmente suja, com um líquido pastoso, de cor branca.
Mas não desmaie ou vomite, pois poderá haver outras por perto, e como elas são muito solidárias e sensitivas poderão subir sobre o seu corpo!
Depois de cumprir a sua missão, retire com uma pá e vassoura, mas elimine todos os vestígios do local com um desinfetante, pois no outro dia poderão aparecer formigas quando sentirem o cheiro.
As coisas poderiam ser mais simples assim como matar baratas!
As baratas podem sobreviver até depois da explosão de uma bomba nuclear.
No fim desse mundo, elas serão as únicas para contar história, já que os seres humanos morreriam imediatamente após a emissão de gases químicos.
Queria entender qual seria o mecanismo de defesa que elas usam para se proteger do inimigo. Talvez seja a sua casquinha dura que proteja o seu corpo, já que se mostra resistente quando damos uma chinelada.O barulho conflitante não nega pelo menos.
Ela também é super veloz, e algumas até voam muito rápido, fato comprovado quando perseguimos inutilmente o inseto.
Eu já falei aqui que sou expert em matar baratas?Pois é, se tivesse alguma pessoa interessada sobre isso, eu poderia ministrar aulas de motivação e técnicas práticas de incentivo no combate.
Elas costumam andar em ziguezague, o que comprova uma inteligente tática de fuga.
As pessoas tropeçam, dão chineladas nos lugares errados, não miram bem o inseticida e se assustam quando o inseto muda o percurso, muitas vezes indo até a sua direção.
Perspicazes, parecem rir quando movem apenas a anteninha, e ficam quietas, observando os nossos movimentos.
Assim quando chegamos perto, elas saem, muito ágeis, e se escondem por frestas de paredes ou embaixo de móveis.
É preciso ser mais rápida que ela e eliminar por alguns segundos os sentimentos de nojo ou de pavor. Quando se identificam com a sua personalidade também fica mais fácil.Você pode confundi-la, se ficar parada em sua frente, apenas mirando e esperando o momento exato da distração e dar uma chinelada certeira! Mas a chinelada tem que ser bem forte, e você deve ouvir o barulhinho “créc” da casca dela sendo esmagada, só assim está comprovado o falecimento.
Só tire o chinelo de cima quando ouvir mesmo o som, e talvez até sentir o seu corpo em frangalhos, com os dedos ainda sobre o chinelo, é claro.
Após tirar o chinelo, você pode sentir um pouco de náusea e enjôo, o que é natural, pois a parte inferior do calçado vai estar totalmente suja, com um líquido pastoso, de cor branca.
Mas não desmaie ou vomite, pois poderá haver outras por perto, e como elas são muito solidárias e sensitivas poderão subir sobre o seu corpo!
Depois de cumprir a sua missão, retire com uma pá e vassoura, mas elimine todos os vestígios do local com um desinfetante, pois no outro dia poderão aparecer formigas quando sentirem o cheiro.
As coisas poderiam ser mais simples assim como matar baratas!
Tuesday, May 23, 2006
Desperta
Na boca seca um gosto amargo.
A cabeça se perde aqui dentro com tanta dor.
O sol já é tão forte, mas nada ilumina.
Os dias, as horas e os minutos não se definem.
O andar carregado tenta apressar os passos, mas tamanho esforço é inútil.
As luzes que entram pelas frestas de outras janelas confundem a sua visão e provocam tontura.
Nada anima, nem apetece.
As primeiras vozes do dia poucas vezes trouxeram paz, mas em dias assim atingem proporções imensas como se estivessem dentro da sua mente.
Uma dor aguda no peito volta com mais força...
Acho que o cigarro vai me matar ...E ainda mais com essa ressaca...
Na boca seca um gosto amargo.
A cabeça se perde aqui dentro com tanta dor.
O sol já é tão forte, mas nada ilumina.
Os dias, as horas e os minutos não se definem.
O andar carregado tenta apressar os passos, mas tamanho esforço é inútil.
As luzes que entram pelas frestas de outras janelas confundem a sua visão e provocam tontura.
Nada anima, nem apetece.
As primeiras vozes do dia poucas vezes trouxeram paz, mas em dias assim atingem proporções imensas como se estivessem dentro da sua mente.
Uma dor aguda no peito volta com mais força...
Acho que o cigarro vai me matar ...E ainda mais com essa ressaca...
Monday, May 22, 2006
Você
Eu gosto de olhar para baixo quando vejo que seu all star verde esta ali, junto comigo na pista.
Sentir seu sorriso sincero e escutar suas frases.
Ter um prazer mórbido em perceber o quanto seus olhos fogem dos meus.
Ouvir sua voz aqui do lado, enquanto tento contar quantos sinais tem no seu pescoço.
E eu passaria horas e horas só te observando ou prestando atenção no que diz.
Não tem cheiro, não tem gosto, mas eu não consigo esquecer.
Eu gosto de olhar para baixo quando vejo que seu all star verde esta ali, junto comigo na pista.
Sentir seu sorriso sincero e escutar suas frases.
Ter um prazer mórbido em perceber o quanto seus olhos fogem dos meus.
Ouvir sua voz aqui do lado, enquanto tento contar quantos sinais tem no seu pescoço.
E eu passaria horas e horas só te observando ou prestando atenção no que diz.
Não tem cheiro, não tem gosto, mas eu não consigo esquecer.
Friday, May 19, 2006
Aqui dentro...
Ela estava ali como todas as noites,esperando o farol ficar verde naquela mesma calçada.
O frio gélido transpassava o seu casaco pesado e a fazia contrair os músculos da face .
O pés tocaram naquela avenida e por um rápido momento recuaram , mas logo voltavam para a direção planejada.Não sabia ao certo se era vermelho ou um vinho vivo.Mas agora já não tinha mais como descobrir, já que ele estava tão próximo , com os faróis confundindo a sua visão e o desesperador barulho da buzina que o motorista emitia inutilmente.Ainda deu tempo de ouvir uns gritos vindo da calçada que deixara para trás em segundos.Não sentira nada.O corpo se moveu involuntariamente enquanto via luzes girarem lá do alto.Escutou um barulho tão alto e adormeceu.Era como se fosse estilhaços no seu cérebro, ou poderia ser a desconexão brusca dos seus pensamentos.Ela não ficaria sabendo depois. Pelo menos não como aqueles que se amontoavam ao redor e olhavam com susto procurando descobrir os motivos.Se aproximavam cada vez mais,tentando ver algo que saciasse aquela mórbida curiosidade... Mas lá fora ficara apenas um corpo, era apenas um corpo.
Ela estava ali como todas as noites,esperando o farol ficar verde naquela mesma calçada.
O frio gélido transpassava o seu casaco pesado e a fazia contrair os músculos da face .
O pés tocaram naquela avenida e por um rápido momento recuaram , mas logo voltavam para a direção planejada.Não sabia ao certo se era vermelho ou um vinho vivo.Mas agora já não tinha mais como descobrir, já que ele estava tão próximo , com os faróis confundindo a sua visão e o desesperador barulho da buzina que o motorista emitia inutilmente.Ainda deu tempo de ouvir uns gritos vindo da calçada que deixara para trás em segundos.Não sentira nada.O corpo se moveu involuntariamente enquanto via luzes girarem lá do alto.Escutou um barulho tão alto e adormeceu.Era como se fosse estilhaços no seu cérebro, ou poderia ser a desconexão brusca dos seus pensamentos.Ela não ficaria sabendo depois. Pelo menos não como aqueles que se amontoavam ao redor e olhavam com susto procurando descobrir os motivos.Se aproximavam cada vez mais,tentando ver algo que saciasse aquela mórbida curiosidade... Mas lá fora ficara apenas um corpo, era apenas um corpo.
Thursday, May 18, 2006
My dear,
E se hoje, em meio à volta dessa confusão na cidade você descobrisse que eu não voltaria mais para casa, mas dessa vez para sempre?
Talvez procure noticias nos hospitais e se indague para onde toda essa sua ira seria canalizada.
O amor sempre esteve lá desde quando me trouxe à essa vida, mas é tão abafado com os gritos desses anos que procura forças para se expor ,e na maioria das vezes não consegue...
Durante todas as tentativas frustradas eu relutei em sentir tanto ódio por alguém a quem eu deveria só reverenciar , assim como as leis da família regem desde os primórdios.
Eu era tão nova mas já queria ficar sem você.
Eu queria me livrar de todas aquelas ofensas ou ao menos entender o motivo de tanto ódio.
Eu precisava me defender das suas agressões e até as verbais precisavam de muito esforço da minha parte para me esquivar ou fugir.
Você sempre disse que eu não seria nada .
Você sempre me puxou para baixo,lugar onde escondia suas frustrações e frases feitas .
Durante muitas fases da minha vida eu consegui te obedecer minha querida, mas em muitas outras eu me dei bem e afastei as suas profecias do meu mundo.
E agora eu já consigo levar flores pra você , como a maioria, e dessa vez não desejo enfeitar nenhum jazigo.
Porque ironicamente eu seria um nada se você não tivesse me falado tantas vezes isso.
Eu estaria tão confortada nos teus braços quando eu precisasse que adormeceria sem a dor. E olhar para o sol com todas elas me ajudou a enfrentar o que a luz iluminava durante o dia.
Você me ensinou a me defender das pessoas que se mostravam como tudo quando ali dentro era vazio.E mesmo sem perceber conseguiu me explicar como eu conseguiria descobrir isso.
E hoje em dia você quase deixa escapar um elogio quando engole a seco as palavras duras e olha para mim confiante.Agora quando fala que eu resolvo com a mesma firmeza não me traz mais tantas mágoas ou desespero ao me deixar só.
Afinal não há dor que dure para sempre,nem tampouco uma revolta.
Uma guerra tem sempre seu fim, mesmo que alguns sofram mais com os escombros..
E se hoje, em meio à volta dessa confusão na cidade você descobrisse que eu não voltaria mais para casa, mas dessa vez para sempre?
Talvez procure noticias nos hospitais e se indague para onde toda essa sua ira seria canalizada.
O amor sempre esteve lá desde quando me trouxe à essa vida, mas é tão abafado com os gritos desses anos que procura forças para se expor ,e na maioria das vezes não consegue...
Durante todas as tentativas frustradas eu relutei em sentir tanto ódio por alguém a quem eu deveria só reverenciar , assim como as leis da família regem desde os primórdios.
Eu era tão nova mas já queria ficar sem você.
Eu queria me livrar de todas aquelas ofensas ou ao menos entender o motivo de tanto ódio.
Eu precisava me defender das suas agressões e até as verbais precisavam de muito esforço da minha parte para me esquivar ou fugir.
Você sempre disse que eu não seria nada .
Você sempre me puxou para baixo,lugar onde escondia suas frustrações e frases feitas .
Durante muitas fases da minha vida eu consegui te obedecer minha querida, mas em muitas outras eu me dei bem e afastei as suas profecias do meu mundo.
E agora eu já consigo levar flores pra você , como a maioria, e dessa vez não desejo enfeitar nenhum jazigo.
Porque ironicamente eu seria um nada se você não tivesse me falado tantas vezes isso.
Eu estaria tão confortada nos teus braços quando eu precisasse que adormeceria sem a dor. E olhar para o sol com todas elas me ajudou a enfrentar o que a luz iluminava durante o dia.
Você me ensinou a me defender das pessoas que se mostravam como tudo quando ali dentro era vazio.E mesmo sem perceber conseguiu me explicar como eu conseguiria descobrir isso.
E hoje em dia você quase deixa escapar um elogio quando engole a seco as palavras duras e olha para mim confiante.Agora quando fala que eu resolvo com a mesma firmeza não me traz mais tantas mágoas ou desespero ao me deixar só.
Afinal não há dor que dure para sempre,nem tampouco uma revolta.
Uma guerra tem sempre seu fim, mesmo que alguns sofram mais com os escombros..
Wednesday, May 17, 2006
Tuesday, May 16, 2006
Ainda não
Ontem dentro do carro da revista presa por 5 horas no trânsito, não sei como encontrei tanto assunto para falar com o motorista ao mesmo tempo em que fumava, roia as unhas, olhava apreensiva da janela do carro do alto da ponte , atendia ligações de uma mãe preocupada que assiste ao programa do Datena todos os dias, e reprimia a tensão cada vez que o repórter da rádio trazia mais algum dado sobre aquele dia que mais parecia o último.
E algumas dores nas costas a mais além de lágrimas quentes de ódio e cansaço não iriam mudar as ações e a inexpressividade mórbida do governador que garantia estar tudo sobre controle.
O taxista que tinha me levado de manhã dizia com um olhar atônito e mãos tensas que era a favor da pena de morte, porque todo bandido tinha que morrer.
E eu inutilmente tentei reverter um pouco o seu ceticismo com palavras torpes sobre a desigualdade social que assola o nosso país desde que foi colonizado.
Talvez se essa confusão generalizada durasse mais alguns dias quem sabe aquela minoria de alienados seria atingida e algum deles questionasse o real sentido disso tudo...
Porque hoje as coisas voltaram aos seus lugares, e tudo continua como era antes, e não deveria ser.
O ser humano preocupa-se com o mundo somente quando a sua falsa tranqüilidade particular corre riscos.
Se os seus interesses não são atingidos, ele continua a pensar que tudo está sob controle.A viagem marcada, o ultimo perfume daquela marca, o carro do ano, o sapato novo, e o que é pior: o status, algo que não tem valor, e que eles acreditam ter conquistado quando possuem algum motivo para se vangloriar acima dos demais.
Coisas tão mesquinhas que nunca tiveram valor algum para mim, e que nesses últimos dias me trazem mais náuseas por perceber como são importantes para a maioria.
O que eu mais queria ontem era voltar para a minha casa onde poderia ter algum tipo de paz, pelo menos no meu quarto.
E o que é mais irônico é sentir tranqüilidade ao me aproximar da minha rua, no Jardim Ângela.E o que é mais bizarro, é chegar na minha casa e me sentir bem, apesar de tudo continuar o que foi ontem, e é hoje...
E eu não estou disposta a expor tudo que penso sobre o controle do tráfico no Brasil , gerado por camadas extensas da população isoladas em verdadeiros guetos, sem condições mínimas de sobrevivência e oprimidas por uma sociedade cega.
Eu estou verdadeiramente cansada de tudo e de todos, de qualquer ação, de qualquer movimento, de qualquer sentimento seja ele puro ou não.
Talvez amanhã eu esqueça novamente esse desejo de sumir daqui como por um passe de mágica, um coma de 5 anos, ou uma guerra que eliminasse boa parte da população , pra começar tudo de novo, inclusive sem mim.
Ontem dentro do carro da revista presa por 5 horas no trânsito, não sei como encontrei tanto assunto para falar com o motorista ao mesmo tempo em que fumava, roia as unhas, olhava apreensiva da janela do carro do alto da ponte , atendia ligações de uma mãe preocupada que assiste ao programa do Datena todos os dias, e reprimia a tensão cada vez que o repórter da rádio trazia mais algum dado sobre aquele dia que mais parecia o último.
E algumas dores nas costas a mais além de lágrimas quentes de ódio e cansaço não iriam mudar as ações e a inexpressividade mórbida do governador que garantia estar tudo sobre controle.
O taxista que tinha me levado de manhã dizia com um olhar atônito e mãos tensas que era a favor da pena de morte, porque todo bandido tinha que morrer.
E eu inutilmente tentei reverter um pouco o seu ceticismo com palavras torpes sobre a desigualdade social que assola o nosso país desde que foi colonizado.
Talvez se essa confusão generalizada durasse mais alguns dias quem sabe aquela minoria de alienados seria atingida e algum deles questionasse o real sentido disso tudo...
Porque hoje as coisas voltaram aos seus lugares, e tudo continua como era antes, e não deveria ser.
O ser humano preocupa-se com o mundo somente quando a sua falsa tranqüilidade particular corre riscos.
Se os seus interesses não são atingidos, ele continua a pensar que tudo está sob controle.A viagem marcada, o ultimo perfume daquela marca, o carro do ano, o sapato novo, e o que é pior: o status, algo que não tem valor, e que eles acreditam ter conquistado quando possuem algum motivo para se vangloriar acima dos demais.
Coisas tão mesquinhas que nunca tiveram valor algum para mim, e que nesses últimos dias me trazem mais náuseas por perceber como são importantes para a maioria.
O que eu mais queria ontem era voltar para a minha casa onde poderia ter algum tipo de paz, pelo menos no meu quarto.
E o que é mais irônico é sentir tranqüilidade ao me aproximar da minha rua, no Jardim Ângela.E o que é mais bizarro, é chegar na minha casa e me sentir bem, apesar de tudo continuar o que foi ontem, e é hoje...
E eu não estou disposta a expor tudo que penso sobre o controle do tráfico no Brasil , gerado por camadas extensas da população isoladas em verdadeiros guetos, sem condições mínimas de sobrevivência e oprimidas por uma sociedade cega.
Eu estou verdadeiramente cansada de tudo e de todos, de qualquer ação, de qualquer movimento, de qualquer sentimento seja ele puro ou não.
Talvez amanhã eu esqueça novamente esse desejo de sumir daqui como por um passe de mágica, um coma de 5 anos, ou uma guerra que eliminasse boa parte da população , pra começar tudo de novo, inclusive sem mim.
Friday, May 12, 2006
Sobre nada.
Preguiça: Sensação de um enorme esforço ausente.
Esforço:Algo que ocorre facilmente quando se quer algo.
Querer:Desejo de adquirir ou conquistar alguma coisa..
Conquistar:Ápice do desejo consumado.
Desejo:Sentimento abstrato direcionado a algum objetivo não planejado.
Objetivo:O foco de todo desejo.
Foco:Uma meta a se atingir.
Meta: Algo planejado racionalmente.
Planejamento:Um traçado de todos os passos para se chegar ao foco.
Passos: Etapas seguidas continuamente.
Continuidade: Fidelidade ao projeto.
Fidelidade:Ausência de inconstância nos propósitos.
Inconstância:Tendência à uma mudança constante de planos.
Mudança: Ato de desestruturar o que é fixo.
Desestruturar:Desordenar idéias formadas.
Idéias: Conjunto de conceitos acerca de um assunto.
Conceito: Noção individual sobre algo.
Individual: Pessoal e intransferível.
Intransferível:O que pode ser possuído apenas por quem recebe.
Possuir:Ter poder sobre algo.
Algo:Tudo que dá preguiça.
Preguiça: Sensação de um enorme esforço ausente.
Esforço:Algo que ocorre facilmente quando se quer algo.
Querer:Desejo de adquirir ou conquistar alguma coisa..
Conquistar:Ápice do desejo consumado.
Desejo:Sentimento abstrato direcionado a algum objetivo não planejado.
Objetivo:O foco de todo desejo.
Foco:Uma meta a se atingir.
Meta: Algo planejado racionalmente.
Planejamento:Um traçado de todos os passos para se chegar ao foco.
Passos: Etapas seguidas continuamente.
Continuidade: Fidelidade ao projeto.
Fidelidade:Ausência de inconstância nos propósitos.
Inconstância:Tendência à uma mudança constante de planos.
Mudança: Ato de desestruturar o que é fixo.
Desestruturar:Desordenar idéias formadas.
Idéias: Conjunto de conceitos acerca de um assunto.
Conceito: Noção individual sobre algo.
Individual: Pessoal e intransferível.
Intransferível:O que pode ser possuído apenas por quem recebe.
Possuir:Ter poder sobre algo.
Algo:Tudo que dá preguiça.
Thursday, May 11, 2006
Inseparáveis
Seu cheiro suave trazia aos poucos delicadas sensações.
Um toque leve e aveludado acariciava o seu rosto e a confortava
Não tocava as costas ou os braços desta vez, mas somente o pescoço, embora isso também fizesse muito bem a ela e atraísse alguns olhares ao redor deles.
Vivia enrubescido, um vermelho vivo que parecia querer demonstrar todos os sentimentos que ela sentia.
Em alguns momentos empalidecia, mas sempre voltava ao mesmo rubor de antes.
O dilema que ela se encontrava nessa manha a caminho do trabalho era se o deixava livre ou se deveria tentar prendê-lo de alguma forma.
A liberdade para ele atraia olhares de outras garotas, e comentários sobre o seu porte.E quando preso ela ficava a vontade, e podia viver em paz.
Mas sempre há alguém que pergunta: “ Você acabou de fazer escova no salão e vai deixar o cabelo preso?”.
Seu cheiro suave trazia aos poucos delicadas sensações.
Um toque leve e aveludado acariciava o seu rosto e a confortava
Não tocava as costas ou os braços desta vez, mas somente o pescoço, embora isso também fizesse muito bem a ela e atraísse alguns olhares ao redor deles.
Vivia enrubescido, um vermelho vivo que parecia querer demonstrar todos os sentimentos que ela sentia.
Em alguns momentos empalidecia, mas sempre voltava ao mesmo rubor de antes.
O dilema que ela se encontrava nessa manha a caminho do trabalho era se o deixava livre ou se deveria tentar prendê-lo de alguma forma.
A liberdade para ele atraia olhares de outras garotas, e comentários sobre o seu porte.E quando preso ela ficava a vontade, e podia viver em paz.
Mas sempre há alguém que pergunta: “ Você acabou de fazer escova no salão e vai deixar o cabelo preso?”.
Wednesday, May 10, 2006
O sadismo e as relações humanas
“Armin Meiwes colocou um pequeno anúncio na internet com o pseudônimo de "Franky" procurando uma pessoa que quisesse ser morta e devorada. Em sua resposta, o "candidato" Bernd Brandes manifestou disposição a ser castrado, mutilado e comido. Na noite de 9 para 10 de março de 2001, Meiwes seccionou o pênis de sua vítima, o cozinhou e ambos o comeram juntos, gravando a cena com uma câmera de vídeo. Meiwes declarou ante a corte de Kassel, no primeiro julgamento que enfrentou em 2003, que não havia gostado muito do membro assado, apesar de tê-lo condimentado adequadamente, e que ambos haviam achado a carne muito difícil de se mastigar. O canibal matou sua vítima, já quase entorpecida e agonizante, sob o efeito de álcool e medicamentos, desferindo-lhe uma facada no pescoço. Depois estripou o cadáver, o esquartejou e congelou suas partes em pedaços que foi comendo posteriormente durante vários dias.Todas as cenas foram gravadas em um vídeo, sem fins comerciais, segundo Meiwes, para imortalizar o que ele considera como um triunfo pessoal e para seu próprio estímulo sexual. Depois de ter enterrado os ossos, a pele e os órgãos de Brandes no jardim, Meiwes consumiu cerca de 20 quilos da carne de sua vítima, assando-a e temperando-a com salsa, pimenta e batatas. Este homem, a quem todos os vizinhos descrevem como cordial e atento, de conversa tranqüila e que brinca com as crianças, diz hoje ante os juizes ter saciado sua fome de carne humana e que se arrepende de seus atos.”
Notícia divulgada em 09/05/06 - Fonte:AFP-Reuters-
E eu ainda achava que a banalização do corpo eram relacionamentos ligados sem comprometimento afetivo!
“Armin Meiwes colocou um pequeno anúncio na internet com o pseudônimo de "Franky" procurando uma pessoa que quisesse ser morta e devorada. Em sua resposta, o "candidato" Bernd Brandes manifestou disposição a ser castrado, mutilado e comido. Na noite de 9 para 10 de março de 2001, Meiwes seccionou o pênis de sua vítima, o cozinhou e ambos o comeram juntos, gravando a cena com uma câmera de vídeo. Meiwes declarou ante a corte de Kassel, no primeiro julgamento que enfrentou em 2003, que não havia gostado muito do membro assado, apesar de tê-lo condimentado adequadamente, e que ambos haviam achado a carne muito difícil de se mastigar. O canibal matou sua vítima, já quase entorpecida e agonizante, sob o efeito de álcool e medicamentos, desferindo-lhe uma facada no pescoço. Depois estripou o cadáver, o esquartejou e congelou suas partes em pedaços que foi comendo posteriormente durante vários dias.Todas as cenas foram gravadas em um vídeo, sem fins comerciais, segundo Meiwes, para imortalizar o que ele considera como um triunfo pessoal e para seu próprio estímulo sexual. Depois de ter enterrado os ossos, a pele e os órgãos de Brandes no jardim, Meiwes consumiu cerca de 20 quilos da carne de sua vítima, assando-a e temperando-a com salsa, pimenta e batatas. Este homem, a quem todos os vizinhos descrevem como cordial e atento, de conversa tranqüila e que brinca com as crianças, diz hoje ante os juizes ter saciado sua fome de carne humana e que se arrepende de seus atos.”
Notícia divulgada em 09/05/06 - Fonte:AFP-Reuters-
E eu ainda achava que a banalização do corpo eram relacionamentos ligados sem comprometimento afetivo!
Tuesday, May 09, 2006
Sobre o querer, o poder e os deveres.
Você desde criança foi educado por pais que ditavam regras e impuseram limites na sua vida. Eles por sua vez aprenderam que era necessário orientar os seus filhos para que não ficassem desorientados no mundo que se apresentaria nocivo e cruel com o passar do tempo.Cada qual de uma forma, foram moldando a sua personalidade e excluindo aos tapas e aos berros atitudes que consideravam ao seus olhos e à visão da sociedade como defeitos.
Você cresceu e formou o seu próprio caráter com base em todos esses conceitos presentes em sua infância. E se a sua rebeldia da adolescência se estendeu por mais alguns anos, provavelmente o conflito entre deveres e poderes se tornou maior, fora do limite de tolerância dos demais humanos.
E hoje você se encontra em um grande dilema: Ficar avesso aos deveres impostos pelo mundo e se tornar um marginal na sociedade, respeitando apenas os seus próprios impulsos e desejos... Ou cumprir habilidosamente todas as obrigações impostas por pessoas inferiores intelecto e emocionalmente que você.
Só que há um momento em que se dá conta que apesar de uma vida tão extremista, ora abandonada, jogada às traças, ora criativa e feliz, para tudo é necessário equilíbrio. E isso não contradiz com o que o seu senso de intuição pessoal racionalmente diz.
O equilíbrio não se esmera a palavras fervorosas e vitalidade contestadora. Porque afinal,não é sinônimo de passividade ou alienação.Ele não altera determinada matéria porque outra a complementa, ou age por si só no momento.Logo, o equilíbrio nos ensina a viver as horas.
Há horas para se morrer, outras para se viver, e outras para tudo isso ao mesmo tempo.
E quando se aprende a separar tudo isso, mesmo estando em conjunto, se aprende a viver.
E para viver além de querer, é preciso cumprir o seu dever de vida para exercer algum poder, mesmo que seja sobre você mesmo. Seguir as suas orientações e ter controle dos seus próprios atos, mesmo que sejam torpes e destrutivos é sinal de maturidade.E agora você não se espanta mais com você mesmo, nem com o sol quando aparece na janela no outro dia , você sabe que se cortou e que é capaz de suportar a dor.E o que se torna mais insuportável é a certeza que não há nada na vida que seja totalmente insuportável.E aí habitua-se a se cortar e a voltar sempre inteira, e descobre que esse é seu dever de vida, antes de querer qualquer coisa ...
Você desde criança foi educado por pais que ditavam regras e impuseram limites na sua vida. Eles por sua vez aprenderam que era necessário orientar os seus filhos para que não ficassem desorientados no mundo que se apresentaria nocivo e cruel com o passar do tempo.Cada qual de uma forma, foram moldando a sua personalidade e excluindo aos tapas e aos berros atitudes que consideravam ao seus olhos e à visão da sociedade como defeitos.
Você cresceu e formou o seu próprio caráter com base em todos esses conceitos presentes em sua infância. E se a sua rebeldia da adolescência se estendeu por mais alguns anos, provavelmente o conflito entre deveres e poderes se tornou maior, fora do limite de tolerância dos demais humanos.
E hoje você se encontra em um grande dilema: Ficar avesso aos deveres impostos pelo mundo e se tornar um marginal na sociedade, respeitando apenas os seus próprios impulsos e desejos... Ou cumprir habilidosamente todas as obrigações impostas por pessoas inferiores intelecto e emocionalmente que você.
Só que há um momento em que se dá conta que apesar de uma vida tão extremista, ora abandonada, jogada às traças, ora criativa e feliz, para tudo é necessário equilíbrio. E isso não contradiz com o que o seu senso de intuição pessoal racionalmente diz.
O equilíbrio não se esmera a palavras fervorosas e vitalidade contestadora. Porque afinal,não é sinônimo de passividade ou alienação.Ele não altera determinada matéria porque outra a complementa, ou age por si só no momento.Logo, o equilíbrio nos ensina a viver as horas.
Há horas para se morrer, outras para se viver, e outras para tudo isso ao mesmo tempo.
E quando se aprende a separar tudo isso, mesmo estando em conjunto, se aprende a viver.
E para viver além de querer, é preciso cumprir o seu dever de vida para exercer algum poder, mesmo que seja sobre você mesmo. Seguir as suas orientações e ter controle dos seus próprios atos, mesmo que sejam torpes e destrutivos é sinal de maturidade.E agora você não se espanta mais com você mesmo, nem com o sol quando aparece na janela no outro dia , você sabe que se cortou e que é capaz de suportar a dor.E o que se torna mais insuportável é a certeza que não há nada na vida que seja totalmente insuportável.E aí habitua-se a se cortar e a voltar sempre inteira, e descobre que esse é seu dever de vida, antes de querer qualquer coisa ...
Monday, May 08, 2006
“Tudo está
Fora de seu lugar
Já notei
O mundo não foi
Feito pra mim
Vivo só
Pra me arrepender
De eu não ser
Do tipo que diz
Sem querer...”
“...sorte e azar
Vão me disputar
E eu não fui
Capaz de me mover
Daqui até ali…”
(Sorte e Azar – Pato Fu)
Não acredito que perdi tanto tempo escrevendo um texto e no final achei melhor apagar tudo!
Fora de seu lugar
Já notei
O mundo não foi
Feito pra mim
Vivo só
Pra me arrepender
De eu não ser
Do tipo que diz
Sem querer...”
“...sorte e azar
Vão me disputar
E eu não fui
Capaz de me mover
Daqui até ali…”
(Sorte e Azar – Pato Fu)
Não acredito que perdi tanto tempo escrevendo um texto e no final achei melhor apagar tudo!
Friday, May 05, 2006
Quanto ainda resta?
20 minutos para pegar no sono.
3 minutos para ligar o computador.
5 minutos para terminar um cigarro.
9 minutos para lembrar.
4 segundos para sorrir.
30 minutos para levantar da cama.
1 hora e 40 minutos para acabar o choro.
3 segundos para ir ao chão.
1 minuto para levantar.
2 minutos para engolir palavras.
17 minutos para o café.
2 horas para o jantar.
10 minutos para o banho.
6 minutos para aquela música.
8 minutos para desistir.
15 segundos para atravessar.
7 minutos para roer as unhas.
5 horas para ler um livro.
50 minutos para brigar.
12 minutos de um beijo rápido.
6 segundos para cruzar as pernas.
35 minutos para olhar para a janela.
16 segundos para respirar.
55 segundos para tirar a roupa.
1 hora e 47 segundos para se vestir.
16 minutos para pintar as unhas.
2 segundos para fugir.
4 minutos para reclamar.
2 horas de chuva.
1 segundo para ver.
8 segundos pra se apaixonar.
3 horas de pesadelo.
54 minutos para um texto.
5 segundos para uma tragada.
11 minutos para odiar.
1 vida para viver , outra para jogar.
20 minutos para pegar no sono.
3 minutos para ligar o computador.
5 minutos para terminar um cigarro.
9 minutos para lembrar.
4 segundos para sorrir.
30 minutos para levantar da cama.
1 hora e 40 minutos para acabar o choro.
3 segundos para ir ao chão.
1 minuto para levantar.
2 minutos para engolir palavras.
17 minutos para o café.
2 horas para o jantar.
10 minutos para o banho.
6 minutos para aquela música.
8 minutos para desistir.
15 segundos para atravessar.
7 minutos para roer as unhas.
5 horas para ler um livro.
50 minutos para brigar.
12 minutos de um beijo rápido.
6 segundos para cruzar as pernas.
35 minutos para olhar para a janela.
16 segundos para respirar.
55 segundos para tirar a roupa.
1 hora e 47 segundos para se vestir.
16 minutos para pintar as unhas.
2 segundos para fugir.
4 minutos para reclamar.
2 horas de chuva.
1 segundo para ver.
8 segundos pra se apaixonar.
3 horas de pesadelo.
54 minutos para um texto.
5 segundos para uma tragada.
11 minutos para odiar.
1 vida para viver , outra para jogar.
Thursday, May 04, 2006
Sem sentidos
Sempre tive sonhos estranhos, mas nesses últimos dias eles tem me assustado.
Uma noite dessas sonhei que eu não estava enxergando bem e tomava uma injeção no olho. Quando chegava em casa ligava a TV e assistia a uma reportagem que falava sobre uma cidade no interior da Alemanha onde todos os descendentes não tinham bocas e no lugar havia um buraco oco, como bonecos infláveis.
As imagens mostravam todos eles fazendo compras, indo ao banco,dirigindo, andando de bicicleta,trabalhando, passeando na praça com suas famílias, mas sem boca!
Até um ultrassom era exibido, com o bebe em formação, e claro, sem boca!
E eu ficava pensando em me mudar para lá por uns tempos...E minha mãe dizia que era o melhor para mim mesmo, já que eu não queria mais escutar ninguém!
E apesar de ver nitidamente todos aqueles seres estranhos no sonho eu realmente decidia ir.
Sempre tive sonhos estranhos, mas nesses últimos dias eles tem me assustado.
Uma noite dessas sonhei que eu não estava enxergando bem e tomava uma injeção no olho. Quando chegava em casa ligava a TV e assistia a uma reportagem que falava sobre uma cidade no interior da Alemanha onde todos os descendentes não tinham bocas e no lugar havia um buraco oco, como bonecos infláveis.
As imagens mostravam todos eles fazendo compras, indo ao banco,dirigindo, andando de bicicleta,trabalhando, passeando na praça com suas famílias, mas sem boca!
Até um ultrassom era exibido, com o bebe em formação, e claro, sem boca!
E eu ficava pensando em me mudar para lá por uns tempos...E minha mãe dizia que era o melhor para mim mesmo, já que eu não queria mais escutar ninguém!
E apesar de ver nitidamente todos aqueles seres estranhos no sonho eu realmente decidia ir.
Tuesday, May 02, 2006
No concreto não há poesia
Todo mundo acha que sabe
Mas ninguém pensa o que eu sinto
Todo mundo sabe o que acha
Mas ninguém sente o que eu penso
Todo mundo sabe que sente
Mas ninguém pensa em achar
Todo mundo sente que sabe
Mas ninguém pensa no que acha
Todo mundo sente o que pensa
Mas ninguém sabe achar
Todo mundo acha que pensa
Mas ninguém sabe o que eu sinto
Todo mundo sente que acha
Mas ninguém sabe pensar
Todo mundo acha que sente
Mas ninguém sabe o que pensa
Todo mundo pensa e acha
Mas ninguém sabe sentir...
Todo mundo acha que sabe
Mas ninguém pensa o que eu sinto
Todo mundo sabe o que acha
Mas ninguém sente o que eu penso
Todo mundo sabe que sente
Mas ninguém pensa em achar
Todo mundo sente que sabe
Mas ninguém pensa no que acha
Todo mundo sente o que pensa
Mas ninguém sabe achar
Todo mundo acha que pensa
Mas ninguém sabe o que eu sinto
Todo mundo sente que acha
Mas ninguém sabe pensar
Todo mundo acha que sente
Mas ninguém sabe o que pensa
Todo mundo pensa e acha
Mas ninguém sabe sentir...
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