Thursday, June 02, 2011


Nada, não.

Teus dedos pousam em teclas gastas.
O sol que entra na tela, te confunde do real céu.
Não havia ar, nem água, nem vento.
Não havia folhas espalhadas pela mesa.
Havia cores soltas, na multidão de um preto.
A madeira transcorrida de traços desordenados.
Como se ali não existissem, na imensidão de um plano.
Todas as plantas metades, pela janela.
Faz surgir linhas desregulares.
De um laço em círculos.
A formar idéias de espaço, no formato de uma ida.
Pousa os pés em um chão móvel.
Como a falta da lembrança nítida dos seus olhos assim que fixavam frente ao mar.
Areia perdida na plena certeza dos seus pés.
A girar seus braços na companhia do seu espaço.
Amplo, cheio do que já não existe.
Formas convictas dos seus respiros humanos.
Números para pintar um quadro de azulejos em sequência.
Visto ali parecia um embaralhado de cenas reflexas do dia.
Mais do que para, e na nitidez de seu sentido, nada fazer.
Minhas capas de chuva do jardim.
Nas esquinas pálidas de dor.
Converte suas moedas, poço cheio e relutante.
Presente suas escadas de andares atônitos.
A formar círculos dentro de uma árvore.
Corre, o muro de navios cravados de um giro.

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