Doce
Ela aguardava seu quinto filho, e sobre a barriga que parecia ter já uns seis meses, carregava um recém-nascido enrolado na coberta, embalado na sua mão direita. Com a mão esquerda, segurava uma criança de aparentemente cinco anos que olhava com apetite para o carrinho de doces ali do lado. A sua irmã alguns anos a mais, colocava a mão na boca e fitava as balas, chicletes, e chocolates como se pudesse sentir o paladar entre a sua saliva seca. Essa era repreendida pela mais velha de todas, que olhava com irritação para as duas, sem deixar de mirar nas embalagens coloridas tão próximas dali.
De repente a mãe, que carregava no braço direito a bolsa do bebê, retirou entre uma mamadeira com o bico totalmente rasgado, uma carteira e a deu para a mais velha.
As duas observavam ansiosas enquanto constratavam a cara de choro com a expectativa daquele ato.
A menina, que vestia uma blusa uns seis números abaixo do seu tamanho, mostrava a barriga sobre uma calça de lycra suja e surrada, assim como a da sua mãe.
As outras, por mais que estivessem parecidas, conseguiam um ar de asseio e cuidado com as suas pequenas tranças amarradas com elásticos de bichinhos.
O rapaz que vendia os doces olhava para baixo com impaciência para a garota enquanto ela perguntava o preço de cada item.
- Não tem nada de 0,20 centavos?
Voltou com três chicletes e distribui para as outras, que mudaram totalmente a fisionomia, e agora conseguiam fazer brincadeiras em volta da mãe.
Logo após chegou uma mulher para comprar balas e enquanto olhava no carrinho o rapaz passou a mão sobre as embalagens, como se estivesse mostrando serviço, aguardando a sua decisão.
E as crianças?
Elas saíram com aquela momentânea felicidade na barra da blusa da mãe, até o irmãozinho mais novo crescer, e dividir aquelas moedas que sobravam para elas... Ou enquanto um novo filho ainda não era gerado nesse intervalo...
De repente a mãe, que carregava no braço direito a bolsa do bebê, retirou entre uma mamadeira com o bico totalmente rasgado, uma carteira e a deu para a mais velha.
As duas observavam ansiosas enquanto constratavam a cara de choro com a expectativa daquele ato.
A menina, que vestia uma blusa uns seis números abaixo do seu tamanho, mostrava a barriga sobre uma calça de lycra suja e surrada, assim como a da sua mãe.
As outras, por mais que estivessem parecidas, conseguiam um ar de asseio e cuidado com as suas pequenas tranças amarradas com elásticos de bichinhos.
O rapaz que vendia os doces olhava para baixo com impaciência para a garota enquanto ela perguntava o preço de cada item.
- Não tem nada de 0,20 centavos?
Voltou com três chicletes e distribui para as outras, que mudaram totalmente a fisionomia, e agora conseguiam fazer brincadeiras em volta da mãe.
Logo após chegou uma mulher para comprar balas e enquanto olhava no carrinho o rapaz passou a mão sobre as embalagens, como se estivesse mostrando serviço, aguardando a sua decisão.
E as crianças?
Elas saíram com aquela momentânea felicidade na barra da blusa da mãe, até o irmãozinho mais novo crescer, e dividir aquelas moedas que sobravam para elas... Ou enquanto um novo filho ainda não era gerado nesse intervalo...
3 comments:
que triste...
esses dias fiquei sabendo de um velhinho que tem mal de alzheimer e paga bem pra ter aulas de como usar a internet. um amigo tá lecionando... deu uma dó, e eu fiquei me perguntando se ia conseguir dar a aula no lugar dele, pq se só de ouvir as histórias ja fiquei de coração partido, imagine vendo...
e vc só assistiu tudo p. escrever no blog no dia seguinte não é?
beso
nossa cris...deu vontade de chorar , coitado..
nao eh bem assim gabi, eu fiquei olhando p. a cena p. variar, e ai dps pensei em escrever..nhé..=P
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