
Vitória
Era ela no fundo do bar, do lado do sexshop, na frente da avenida mais movimentada de domingo à noite.
O frio era cortante lá fora, mas lá dentro, bexigas coloridas, de várias cores, lotavam uma mesa grudada de vestígios de cerveja.
Com os cabelos longos e pretos, ela parou e olhou. Sorriu, com uma felicidade tão imensa por caber ali, sozinha.
À sua frente o som do funk, o cheiro de churrasco queimando, meninas dançando no ritmo, ou fora dele. O dono do bar havia saido, preso por algumas pedras de crack.
Ela tinha dito que era seu aniversário, fazia 9 anos. Mas resposta incrédula ou resignada , perguntei onde estavam os seus amigos, enquanto ajudava Vitória a preencher mais um espaço de ar em um balão, enquanto eles não chegavam.
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