
Chuva
Cai em pedacinhos toda a imensidão de tua água
Cria movimentos perpendiculares a molhar apenas alguns
Desaba no chão e forma o que é por amplitude.
Olhada aqui de baixo é lenta, esparsa e iluminadora
Vista de cima é repleta de efeitos que pintam um chão gasto
Capaz de devastar civilizações, de desolar moradias
De causar paixões repentinas,
Ou de estressar um digno trabalhador
Provoca sonoridades que tranquilizam, ou atormentam
Batem a janela a pedir atenção ao teu espetáculo nunca quisto
Algumas começam arrebatadoras, sem avisar
Outras surgem aos poucos, a pingar alguns frangalhos de sua existência
Preenchem também as roupas, opacas pelo tecido
Leva pelos bueiros toda sujeira que existiu um dia
Causam uma sensação de companhia, em noites que esfriam
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