é complacente com a sua inquietude , que não só se habilita durante as noites de luarpois os dias já começam com um ar despretensioso, para só a tarde te colocar medo
aquele pavor surge agora a qualquer momento, por inúmeros motivos que nem sabe
perdas , que até para si são tão ínfimas, voltam a te assustar na penumbra da repetição
elas fazem se despedir do que mais gosta, quando queria cometer novos erros
os mesmos ficam a te assolar a cada esquina como se sufocassem todos os sentidos
já passou a hora de partir, e sabe que por não ter mais volta, não tem mais porque fugir
sempre queria estar em outro lugar que não o seu, somente para não estar ou ser
nessa noite se viu flutuar em meio aqueles prédios que ostentava ao seu olhar
todos os sonhos em que atravessava o céu com a leveza ausente do dia, estavam ali
segurou-se na sacada com medo de incorporar aquela ilusão e despencar dali
fingiu ter asas, o que não era tão inédito, já que outrora considerava carregá-las
longe fica e vai, com um cansaço eterno que faz querer causar mais esforço
como se brigasse com a própria estafa por ela não existir realmente
ecos transparecem por meio de ventos internos
e assim respira fundo para deixar a superficialidade muda como merece
ainda tem quereres ingênuos e precisa abraçar o mundo com seus marcados braços
precisa de um espaço para as tantas imagens que chegam e não é de hoje
que se vê um tanto parada no tempo que te derruba a pedir o nada ao redor
assim finca toda a substancialidade sem medo de perde-la ao raiar do sol
1 comment:
Quanto tempo não via Suzana escrevendo como Suzana.
Liberdade a quem sempre quis liberdade e orgulho por enfrentar qualquer medo em busca daquilo que hoje é estampado em seus olhos, olhos de felicidade.
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