Há dias como um velho
Aqueles que parecem esperar durante todo o dia algo que nunca chega
Cigarros vários entre os dedos enrugados infiltram-se nas bocas secas
Sentados num banco de madeira corroído pelo tempo
Observam sem se preocupar com a estrutura ser enfraquecida pelos dias
Trocam de camisa e lá estão de novo com o mesmo chinelo
A pisar um chão simplificado pelos seus passos
Olham fixamente um ponto com centímetros de cinza a escapar do filtro
....enquanto roem as unhas escurecidas naturalmente...
Nada os surpreende, nem enfurece
Sem vontade para emitir opiniões sobre as mesmas dramáticas
Não estão ali, e em nenhum outro lugar, apenas esperam
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