Thursday, August 06, 2009


Sobre Poderes




As bulas de remédio não falam
Nem minha mãe disse
Os médicos nem tocaram no assunto
Uma semana já passou
Não fui proibida de beber
E o cigarro está vetado em vários lugares mesmo
Vamos lá, mais uma vez!
Mesmo que em mesas populosas me mantive firme
Mas com uma cadeira vazia em frente eu não sou capaz
Ainda sou daquelas escritoras fracassadas que escrevem alucinadas,
Com uma caneta na mão, um cigarro no outro, e um copo de soslaio
A qual gera textos que nem serão lidos, nem tampouco publicados
Ou muito menos honrados, frente às massas
Em meio a tosses ou problemas digestivos, vou assim a acompanhar ...
...as letras esvaídas em linhas imaginárias, num bloquinho perdido na bolsa qualquer
E me junto à minhas letras ilegíveis em meio a entrevistas não quistas em horário de expediente. Descubro sempre
Que há fracassos que são sucesso
E nem todo sucesso é de um não fracassado

2 comments:

Elisandro Borges said...

Engraçado você falando de fracassos, textos não lidos, tampouco publicados. Nem sempre o silêncio lá fora é sinônimo de indiferença. E eu vou te falar uma coisa muito certa: muita gente não tem paciência de ler textos na frente do computador... eu já tenho um pouco mais. E vou te falar mais outra: os seus textos prendem a atenção, são muito bem escritos, tem um quê de "filosofia existencial", frases matadoras, a arte incrível de fazer poesia inteligente sem clichês, poesia essa que se mistura e dá sabor ao texto; sem esquecer o velho e bom estilo cortante de Suzanna F. Mais outra coisa: é foda conviver com a crítica negativa, isso você pode esquecer, sempre vai existir. E se você conseguir sobreviver a esse tipo de crítica, você vai longe. É difícil acreditar no nosso próprio potencial (isso não é papo de auto-ajuda, é uma realidade). E você precisa deixar registrado o seu nome em livros reais, de papel, sim, Suzanna F. Isso não está longe da realidade, pelo contrário, muito mais próximo do que você imagina. Não é fácil, eu sei, mas acredita nisso e começa a separar os textos, montar o livro, capítulos, etc. Enquanto eu estiver vivo e você escrevendo, não vou descansar enquanto não vir seu nome impresso em livros disponíveis nas melhores livrarias deste país. Não aceito apatia da sua parte. Você vai fazer isso acontecer, acredito e torço muito por isso. Antes de procurar uma editora, prepara o livro. Você já tem muitos textos intimimante ligados uns aos outros. O negócio é ir juntando o quebra-cabeça, editar alguns detalhes, criar outros e fazer disso uma rotina. Ps.: Não estou sob efeito de drogas.

Bjo pra tu, tatu! Força nessa peruca aí!

Suzanna Ferreira said...

nossa, eu acho q nunca respondi esse seu comentario. e talvez vc nao veja a minha resposta tao cedo. ja que aqui não é facebook. rs. mas a gente deve ter conversado sobre isso na época, sim... adorei reler isso.
=)