Monday, August 10, 2009




Querida loucura

Às vezes tão presente em tiques nervosos
Uma alergia súbita no rosto
Faz coçar e arrancar os cabelos
Os silêncios são irreparáveis
E nem com um roteiro na mão haveria assunto nessas horas
Um misto de falta de lógica, com senso de direção, vertigem, não sei.
De repente alguns nervos são estimulados, leva um susto, a perna mexe só,
Os braços vão embora,
Coisas assim.
Os gritos noturnos ainda são piores
Acordam os vizinhos do fim da rua, faz latir os cães, mas não a acorda.
Palavras ditas sem sentido quando o sono bate, outras sozinha , já nem percebe.
Metodismos extremos para quem é tão fora dos prumos
Contar os minutos do banho, para acordar, para vestir peça por peça
Pelo menos sabe que a percebe
Em paz ela assim lhe acompanha.
E os mais loucos serão os inconscientes

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