Friday, January 05, 2007

Brisalend Island

Saiu de casa feliz e ansiosa, apesar do peso nas costas.
Mas ainda assim, resolveu levar mais um repelente para se prevenir dos perigos da mata fechada.
Mal sabia ela, alergica desde crianca, que um ser mais poderoso a atacaria .
Ele se chamava Bond. Mari Bond.
Ainda nao se sabe se foi o responsavel a seu ataque de coceiras e vermelhidoes da raiz do cabelo ate a sola dos pés.
Talvez tenha sido a ansia de comer camarão em águas desconhecidas.
Resolveu até ficar com o brilho eterno de um camarão sem lembranças, para nao arriscar outra ida ao posto de saude local.Onde há somente um curandeiro, que para tudo tem o melhor remedio: injecao de Fenergan no músculo, assim, como cavalos.
Apagou durante 15 horas, e seus amigos a lembraram de mais uma hipotese para a crise. Talvez ter rolado na grama durante um longo tempo tenha causado aquilo .
Preferiu esquecer aquilo tudo, mesmo porque o posto de saude nao funcionava todos os dias. E a dose era tamanho temporada mesmo...
Ficou com as tardes de cantoria pela Radio Mill Cossa Nova Fm. Aquela que toca o que o coracao quer ouvir. Quáz Quáz!
Além de sorrisos durante a trilha pelo Smile gigante que feliz, andava por mais uma rota, batucando as suas palavras para qualquer ocasião.
Tudo que o Smile Gigante queria era só sombra e água fresca..geladinha, sempre! E um camarãozinho com uma cataia para arrematar, , antes do por do sol.Depois, mais um banhozinho para relaxar na barraca de astronauta.
O homem cueca ainda tentava o tirar lá de dentro, mas mesmo o ameaçando com seu linguajar mano e perigoso , de nada adiantava.
Embora o flipper tenha se assustado com a linguagem baliense, a Dori nao se cansava e tentava se comunicar com o alegre animal. Enquanto patolino discutia com os pássaros, Frajola aprendeu a lingua da tribo Xun Xin Nuham e tentou até dar tchau para uma india, que não o entendeu, tão bem como o monitor ambiental, que contava as peripecias noturnas na noite anterior durante a volta da cachoeira. Empolgada com a fluencia da lingua, ela acabou caindo no meio do mato, e atrapalhou um pouco o percurso dos turistas que ali estavam.
Um pouco de saudosismo, e rebelando-se contra o contrato impostor da Warner, resolveu resgatar o Baby, da Familia Dinossauros, na tentativa de ter alguma atividade, ali , onde fazer nada é lei.
A não ser olhar a chuva dentro da barraca, e imaginar que o mar a leva para algum lugar distante...
Ao entardecer, entrar no mar sozinha durante a chuva, e voltar correndo pela trilha , fazendo os urubus e gaivotas voarem enquanto passa pelo longo caminho.
Tentar chegar ao mar durante a noite, e perceber que ele está extremamente baixo. Olhar ao redor e tentar registrar aquela imagem eternamente na sua mente. Parecia um sonho, algo muito bom para ser vivido só por tres pessoas abencoadas ali naquela hora...Ou talvez seria por isso que nao havia um ser humano por lá naquele momento...
Fazer mais de uma contagem regressiva, e ter um ano novo próprio, reservado para quatro pessoas!!!
Dançar só com outra pessoa do lado a acompanhando no maracatu.
Lembrar de músicas que não ouvia há anos, e ficar horas na pista, enquanto seu colar balança de um lado ao outro...
Voltar sobre as ondas, em paz e renovada...
Olhar para a janela do carro e não conseguir jogar a bituca do cigarro no asfalto. Esquecer o barulho dos motores, pessoas apressadas e luzes por todos os lados.
Será que aquele povo que vive ilhado, ou somos nós ?

5 comments:

Mill said...

É uma ótima questão a se levantar Suca...

Quem realmente está ilhado?

Eles são uma comunidade cercado de água por todos os lados... Nós, aqui, nessa cidade, somos uma porção de orgulho cercado por gente de todos os lados...

"it's the evolution baby"

Muito obrigado Suca, por participar dessa viagem...

Um Beijo

Ps. Só quem viveu sabe o que aconteceu

Anonymous said...

com certeza estamos ilhados e de coisas beeem pioores!
enfim!

q vom q tivemos a oportunidade de desopilar o fígado nestes lugares bons, com pessoas agradáveis!
hahahaha
beijso

Anonymous said...

Meu Deus, Suzans! De Homem cueca a família dinossauro! Hahahahaha. Putz, que planta foi essa? Pirei o cabeção. Agora aquelas estorinhas do homem cueca ficaram na memória, não lembro de nenhuma, mas que ficaram, ficaram. Me lembrei também do garoto enchaqueca. Caramba! Faltou ele aí.

Valeu pela força de sempre, Suzana Vieira Lereira! Alegria na vitrola! Toca Raú! (*só pra ficar registrado, eu não sou fã do Raú)

Manda ver! O que importa é ser feliz mesmo! E viva os amigos do mundo! Não sei mais o que eu tô falando, nem o que dizer.

Saudações!
Beijo!

Anonymous said...

MEU DEUS! Enxaqueca não é com ch! Foi mal. :)

Monique K said...

hauahuahauahauahau
eu sou a Dori
hahahah
meu ri demais
e sim nós q somos ilhados nas nossas vidas privadas de grandes belezas
beijo