Banco Vago

Seus pés sujos balançavam suspensos naquele banco que faziam os chinelos se desprenderem para o corredor.
Com a mesma estática no olhar permaneceu entre os braços do pai que mirava em direção contrária à porta.
A porta refletia o sol quente que parecia secar a lama de suas pequenas pernas que descansavam inquietas.
A expressão envelhecida, o cansaço e a preocupação não o atribuíam à cronologia que o pertencia.
Nada mais o preocupava: nem a falta de brinquedos, comida ou noites dormidas em colchões limpos.
O que faltava era algo além de problemas urbanos ou crises existenciais.
Nem as pessoas perfumadas e bem vestidas que passavam apressadas por ali o faziam curvar as suas cabeças.
O pai não incitava perigo, nem medo de quem sentava em bancos próximos.
Eles não existiam, assim como o movimento naquelas retinas.
5 comments:
Como é que vc consegue escrever com tanta freqüência? Me lembro que teve uma época que vc ficou um tempão sem escrever. Muito legal isso! E que inspiração sempre faça parte deste espaço aqui! :)
Valeu, Suzanex!
bju!
não entendi...
pode me zuar!
beso...amo!
humm. o diario de brochura tava mais fácil neh.hahahah
eu tou falando de um mendigo e seu filho no onibus q eu peguei nesse dia...
bessuuuuuuuuuuuuuuuu
nossa, suzana, fiquei sabendo já que vc 'divulgou' as fotos de floripa (mostrou pra gabi)!
que atitude mais suja!!! tô com raiva.. ahsuaihiuahiuhai
calma cris...não tinha nada demais hahahahahahaha....
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