
Pra ver porque as tonturas, essa fraqueza e a palidez repentina.
Aí descobrimos como está a taxa de colesterol, a diabetes e os glicídios.
Senta aqui , você vai sentir um barulho ensurdecedor, mas não tira o aparelho do ouvido.
Entra dentro da cabine, e levanta a mão cada vez que ouvir o som, por mais baixo que pareça.Não está ouvindo nada agora?
Isso, encoste bem na cadeira, não puxe os eletrodos, preste atenção nas luzes vermelhas que passam no painel, sem mover a cabeça e sem piscar.
Olhe fixamente na luz até ela sumir da tela preta e volte o olhar quando outra surgir no canto direito.
Agora você pode ficar um tanto tonta, vou girar a cadeira para ver como está seus reflexos.
Qual o nome da fruta que mais gosta? E a de que não gosta?
Você estuda onde? Onde trabalha?
Agora deite , vai soprar um vento gelado no seu ouvido esquerdo, e você pode ficar ainda mais fraca.
Qual o nome da revista?
Você tem namorado? Ah, é bom ficar solteira né, você é nova...
Bom, agora ouvido direito,você pode sentir o corpo mover-se para o lado esquerdo, mas fique calma.
Fale o nome de um garoto que você gosta.
E de uma garota.
O que você sente agora? Muita tontura?
É a mesma sensação que costuma ter?Mais forte...
Parecia que estava bêbada, saindo de uma sessão espiritual, em que o pai de santo vestido de branco, no caso a médica, estava querendo saber detalhes da minha vida, desde a fruta que eu gosto até como está minha vida amorosa. Mas sei que estas perguntas “óbvias e fáceis de responder” eram para me manter acordada, pois eu estava quase desmaiando,na fase lisérgica do exame.
Tentei me sentir bem quando ela pediu para eu abrir os olhos, olhar para o teto branco e imaginar qualquer imagem que me viesse à mente.
Mas em seguida, ela pediu para que eu abaixasse a cabeça e ficasse alguns segundos assim, até eu voltar ao normal.
Naquela cadeira mais alta, com todos aqueles eletrodos na minha cabeça, me senti como uma nova criação da medicina.Alguma anomalia humana, ou um ser muito perigoso para a sociedade. Talvez eu levaria alguns choques ainda, porque a cadeira era idêntica àquelas usadas para criminosos indiciados a pena de morte.
No final do exame, ela me entrega o envelope, que deve ser levado ao meu medico no dia da consulta.
Na conclusão estava:
“Síndrome Vestibular Periférica Irritativa Bilateral”
Pesquisei na internet e achei isso: “Os pacientes com SVPIB apresentam prejuízo na qualidade de vida, em relação aos aspectos físicos e emocionais.”
Bom, não vou tirar nenhuma conclusão até a próxima consulta, mas acho que depois disso eu seja isolada do mundo, ou alguém descubra enfim, que eu não sou daqui, e me mande de volta ao meu planeta de origem.
4 comments:
vestibular é o nome de um negócio q tem no ouvido, né? além do prejuízo, no q mais afeta??
nossa, quanta pergunta... hehehe
tb ja fiquei cheia de eletrodos e fios quando fui dormir numa clinica, pq eu tenho bruxismo... é muito ruim dormir com aquele monte de coisas na cabeça...
agora é soh atestado a sua maluquice dona suzy
hauahauahauhaua
beijinho
que drama para tirar sangue.
"Os pacientes com SVPIB apresentam prejuízo na qualidade de vida, em relação aos aspectos físicos e emocionais.”
Legal, o que sobra se os prejuízos são físicos e emocionais.
olá, suzana!
você não me conhece e eu não te conheço.
tive o mesmo diagnóstico que você, i.e., SVPIB.
há algum tratamento eficaz?
obrigado de antemão pelas informações.
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