
Algum lugar
A cidade vista daqui do alto do Masp parece tão pequena...
São tantos prédios e os carros com suas luzes apressadas por entre pontes e viadutos me causam conforto.
Poderia ficar aqui a noite toda. Prestando atenção em pessoas correndo apressadas, atravessando fora da faixa, motoristas fazendo retorno na rotatória, garotos com suas balas todas iguais no farol.
Dessa vez já não tenho vontade de pular daqui de cima, e ao contrário, sinto medo de cair.
Cruzo as pernas e deixo só uma dependurada no muro, que abriga casais de todo tipo, grupos que se unem por fumaça, e mendigos procurando um apoio pra dormir.
Sinto cheiro do vento, que não anuncia nada: nem chuva, nem poluição. Apenas o cheiro do ar, que em alguns raros segundos aparece puro.
Volto a pensar que isso tudo ali embaixo me assusta em sua grandiosidade que é reduzida aos meus olhos.
Parece que a cidade ficou pequena pra mim e não há como mais eu me perder.
O guarda me chama, eu não escuto.
Me perdi por alguns segundos, mas agora sei voltar.
E assim toda loucura se esclarece, toda confusão se limita em si própria.
4 comments:
Adorei...vamos voltar antes das onze para evitar confusões...
lembra:
"vou adorar vêr seus filhos passando fome amanhã..."
sabia q vc não pularia...
beijos
eu gostei desse texto...
amei
principalmente o "sinto cheiro do vento"
huuu
beijim
gostei disso hein!!!
mto bom!
e chega de brincar de se matar! haha
bjnhs
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