Teve um dia, ontem, em que você imaginou que aquilo poderia
virar saudade.
Mas, de um viver tão grandioso como é, daquele momento, trouxe a saudade que fica, e que não existe agora.
É algo que foi, e não volta, reluz em reviradas de fotos ou
algo que nem na memória reproduz ao certo.
Necessária companhia de quem também passou aqueles dias, pra
relembrar o que apagou-se com o vento.
Como uma carta não lida, fechada, com carimbos de correio, e tentativas de entrega.
Formam-se segundos de alegria absoluta de uma surpresa, como
um presente em forma de lembrança que alguém vem entregar.
É um misto de felicidade que não volta, e um frescor de uma certa dor de
um choro que não vem.
Fixa-se em uma respiração longa e nova, o instante exato em
retomar o dia de hoje, e deixar a memória em uma caixa imaginária.
No coração, na alma, na mente, em volta do corpo, na
história.
A transformação de algo em saudade é de tamanha
existência por não ser mais visto.
Você sabe, mas não vê mais do jeito que viveu.
Você sabe, mas não vê mais do jeito que viveu.
É um filme que paira no ar, sem localização ou projetores.

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