Tuesday, November 27, 2012


Os imensos intervalos.
As horas do barulho das gasolinas acesas de luzes pálidas.
Minutos do vento real de um ventilador de mentira.
Enquanto deixamos de olhar para alguma coisa, outras surgem num piscar de olhos.
Semanas de mudar de tempo.
É que parece que sempre partimos de alguém.
Meses de unhas roídas.
Tudo pareceu mesmo ter seu tempo.
Anos de cola de sapato trocaram asfalto.
Hora de partir, hora de voltar.
Girando bagagens, guardando universos.
Décadas de dedos feitos no apontar do lápis.
Juntando tudo, nessa destruição construtiva de mundos na mesma vida.




2 comments:

Unknown said...

Apareço agora, aqui, depois de mais de um ano e seis meses... não pra bajular uma amiga virtual e dizer que ela é foda, ou copiar e colar uma frase de efeito pra te impressionar. Antes que alguém pense que isso é paixão, eu explico: não, talvez não seja um tipo autêntico de paixão mundana. Isso é amor de amigo, de brother, de cumpadi. Mesmo não sendo amigo de verdade no profundo sentido dos moldes de uma vida cotidiana. Porque amigo é aquele que tá ali, pro que der e vier, e eu não sou esse cara. Gostaria muito de ser! Mas, sou um ser vivo de verdade e companheiro virtual. E tenho que confessar uma coisa: faz muita falta viajar na sua viagem Suzans F.! Minha grandissíssima querida brodi do coração, obrigado por existir ainda que em nossa tímida presença! Essa conversa parece coisa de bêbado, mas ainda não bebi. Vou tomar uma cerveja ao lado da minha esposa daqui a pouco, e eu amaria sua presença numa mesa de boteco, mesmo que fosse pra tomar um suco. Mas sem essa de parar de beber de vez em quando. =) Saudade descarada das suas viagens impressas nas linhas desse blog... Marcante sua frase: “É que parece que sempre partimos de alguém...” Adorei o texto “Respiro”! Adorei tudo. Amo sua mente! Amo o seu espírito errante! Fui.

Suzanna Ferreira said...

Que coisa linda, Elisblândio. =,(