Monday, December 06, 2010


Acho que sei.
O que.

Eu quero.
Luzes coloridas durante a noite, mas nenhuma delas artificial.
Eu quero o cheiro da terra na ponta dos pés, a pisar algum espaço sem deixar rastros.
Eu quero dedos entre os cabelos quando menos restar força em minhas mãos.
Eu quero um vento que cobre a cortina e desata os seus nós na ponta da cama.
Eu quero uma porta batida no compasso do que se espera ao deixá-la aberta.
Eu quero um reflexo no espelho sem precisar olhar ou lembrar da imagem.
Eu quero o gosto que vier, pois tudo sempre precisa um pouco de doce para não azedar.
Eu quero palavras que se perdem em arquivos ou nunca serão ditas.
Eu quero um relógio que diga as horas, mas que seja invisível.
eu quero.
O que.
Acho que sei.

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