
Sobre a rotina incessante dos sentimentos desconexos
Acordou.
Pisou o pé no mundo,
Como de costume,
Foi à cozinha
Esquentou o café, regou as plantas.
Lembrou da sua mãe
Ao conversar com ela
Seguiu no corredor
Saiu do chuveiro,
Pensou entre vapores refletidos em suas mãos.
Sempre volta para ver
O que poderia estar ligado
Mas nunca está.
Deu bom dia para o porteiro.
Às vezes ele não responde.
Assusta.
As pessoas que a trombam na rua.
Outra vez.
Imersa a atravessar
Sol.
Relógio.
Sombra.
Um moço triste com um carrinho de algodão doce colorido.
Aqueles mesmos desenhos
Do muro, frases.
Caminha, esquece, lembra, olha para o alto.
Mais um dia.
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