Foi dispersando ali, na borda da calçada como pó, entrou no bueiro, atrapalhou até o transito de pessoas, em pequenas poças irritantes que encharcam os sapatos, ou invadem meias desavisadas de sua falta de proteção.
Até chegar ao ponto de promover um trânsito entre um vento frio, fino, desconfortável, e a enchente travou a cidade, que já sempre andava torridamente cinza, com nuvens arrogantes de certezas de sua condição temporal.
São todas iguais, cada gota insignificante em sua partícula perdida a descer no espaço que lhe cabe entre o vento. Reduzidas de tal forma que não são capazes de limpar ou promover qualquer tipo de ação por sua condição sem unir-se a outras gotas.
Chuva, tempestades, garoas. Ligadas eternamente a um significado de um lugar onde todos buscam ser iguais, mesmo quando apregoam à sua mesmice diferença.
Se opõem com a esperança de serem únicos em uma carência de fazer parte ou parecer a algo além, aquilo que não é exposto em sua memória ínfima e vazia de aparatos próprios.
Iguais, guardam medíocres referencias de coisas já vistas repetidas vezes.
Tanta originalidade em conseguir transparecer um autentico brilho fálido no refletir dos vidros embaçados de um ônibus cheio de respiração vazia e qualquer .
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