
De volta
Andando na linha
Da faixa adaptada para cegos
Subindo a escada ofegante, enquanto a rolante não vem
Enojada com a quantidade de chicletes grudados por ali
Num chão sujo da passarela da Rebouças
Correndo novamente atrás do ônibus laranja
E do trem azul
Dormindo nas voltas raras para casa
Olha o relógio digital assim que o céu surge
Em meio a algumas árvores existentes ali na Faria Lima
É 8h44, de novo.
Dá tempo de chegar na Consolação , sem pressa
Comprar o mesmo pão na chapa na padaria da esquina
Depois admirar o sol por entre os prédios, afanado pela persiana
Cheiro de fumaça, que acolhe.
Não irrita tanto mais
A quantidade de pessoas que formam transito
Na calçada
Sempre a cantar ou falar sozinha
Passada a ressaca , dá até vontade de andar por lá hoje de novo
Na Augusta
Mais uma vez vai conversar com garçons, que não encontra novamente
Não entende o porquê
Deixou de ir no cinema hoje
É quinta feira, faz uma semana
Que acordou as 18h00
2 comments:
URBANA POR ACASO. RS
Caramba... vc foi falando: Consolação, Augusta... e fui me lembrando das poucas vezes que estive em São Paulo... Me lembro também de outros nomes: Casper Líbero, vila Mariana... a galeria do rock... não faço mais idéia de onde ficam estas ruas/avenidas/bairros... como passa rápido. Não sei por quê, mas sempre tenho uma memória poética de São Paulo, independentemente de qualquer caos, fumaça ou correria, etc. Eu gosto dessa terra. \o/
Post a Comment