Tuesday, November 27, 2012


Os imensos intervalos.
As horas do barulho das gasolinas acesas de luzes pálidas.
Minutos do vento real de um ventilador de mentira.
Enquanto deixamos de olhar para alguma coisa, outras surgem num piscar de olhos.
Semanas de mudar de tempo.
É que parece que sempre partimos de alguém.
Meses de unhas roídas.
Tudo pareceu mesmo ter seu tempo.
Anos de cola de sapato trocaram asfalto.
Hora de partir, hora de voltar.
Girando bagagens, guardando universos.
Décadas de dedos feitos no apontar do lápis.
Juntando tudo, nessa destruição construtiva de mundos na mesma vida.