Sabe quando parava para escolher um filme e ficava encarando
listas de sinopses, perdida entre histórias, receosa não entre a melhor, mas como
se o tempo fosse morrer a cada minuto, reunindo listas de coisas por fazer nos
próximos que não morrem.
O instante em que encara os olhos de estranhos pelas ruas em
que passa e quando não sabe por que sorriu ou fez cara feia, como se quisesse
falar com todas as pessoas da rua, da cidade e do mundo.
A música que desce pelos olhos e encara lá dentro o que
reflete o som que nunca imaginou gostar e não foi ouvido por sua boca que antes
tinha certos barulhos.
Tem a impressão que devia estar em talvez todos os aviões
que passam pela sua cabeça de ontem a diante.
Ainda bate. Lá dentro quando cai tudo por fora que não
existe de fato, pois o tempo é um garoto que sorri e vai.
Pensei que poderia ter existido algum momento daquele dia em
que passou e hoje vejo que ele ainda não chegou.
Tudo é tão repetitivo na sua sempre novidade de tal forma
que nunca mais nos cansaremos.
Parece que em alguns momentos tais sonhos inacabados se
misturam com outras imagens e se transformam em outras coisas.
Essa coisa de escolher a combinação de palavras e o que
precisa falar e escrever como se o que ficasse de lado fosse sempre o mais
importante do que o que enfim, fez.
O tempo passou. Nada ficou mais como antes daquela velha
história que cria novidade em um rumo incerto de coisas dialogadas no cômodo
espaço de pensar.
Hoje tem colocado algumas coisas em prateleiras e as
palavras algumas ficam na espera de um lugar.
Não faz questão do que não foi e o que veio recebe em troca
do que pode ser.
Sabe eu não tinha certeza de nada e agora tenho a completa
certeza disso.
O que escondo. Deveria vir aqui à tona.
Das coisas mais inofensivas e sem pontuação.