Monday, October 29, 2012

fim. ou sobre o desamor.


da janela, olhou para os trilhos do trem subterrâneo, que hoje, andava devagar, como para lembrar alguma coisa.
sufocada.

lá embaixo de tanto concreto, lembrou de alguém, antes de esquecer.
voltou à superfície.

se não escrevesse, não esqueceria.

Friday, October 26, 2012

Respiro


Sabe quando parava para escolher um filme e ficava encarando listas de sinopses, perdida entre histórias, receosa não entre a melhor, mas como se o tempo fosse morrer a cada minuto, reunindo listas de coisas por fazer nos próximos que não morrem.
O instante em que encara os olhos de estranhos pelas ruas em que passa e quando não sabe por que sorriu ou fez cara feia, como se quisesse falar com todas as pessoas da rua, da cidade e do mundo.
A música que desce pelos olhos e encara lá dentro o que reflete o som que nunca imaginou gostar e não foi ouvido por sua boca que antes tinha certos barulhos.
Tem a impressão que devia estar em talvez todos os aviões que passam pela sua cabeça de ontem a diante.
Ainda bate. Lá dentro quando cai tudo por fora que não existe de fato, pois o tempo é um garoto que sorri e vai.
Pensei que poderia ter existido algum momento daquele dia em que passou e hoje vejo que ele ainda não chegou.
Tudo é tão repetitivo na sua sempre novidade de tal forma que nunca mais nos cansaremos.
Parece que em alguns momentos tais sonhos inacabados se misturam com outras imagens e se transformam em outras coisas.
Essa coisa de escolher a combinação de palavras e o que precisa falar e escrever como se o que ficasse de lado fosse sempre o mais importante do que o que enfim, fez.
O tempo passou. Nada ficou mais como antes daquela velha história que cria novidade em um rumo incerto de coisas dialogadas no cômodo espaço de pensar.
Hoje tem colocado algumas coisas em prateleiras e as palavras algumas ficam na espera de um lugar.
Não faz questão do que não foi e o que veio recebe em troca do que pode ser.
Sabe eu não tinha certeza de nada e agora tenho a completa certeza disso.
O que escondo. Deveria vir aqui à tona.
Das coisas mais inofensivas e sem pontuação.