Thursday, December 22, 2011


Alí pra frente








Gostava de olhar para o céu a noite quando havia apenas uma estrela, em sua direção.
Nao apenas por um mero costume de gostar da solidão.
Mas como um contato, um entendimento.
Alguma forma irreal de conversa e alguma esperança.
Sentia-se novamente uma garota, querendo sonhos.
Hoje relutava, entre as dúvidas.
Mas sabia o mais reduzido volume de pensamento.

Tuesday, December 13, 2011



Ela esperava o vento passar,
Mesmo nos dias de calor,
não queria que ele ficasse.

Queria sentir uma sensação de alivio…
de mudança, de coisas fora do lugar.
Mas tinha a necessidade de ver outras a se alinhar,
A fazer sentido, a ter uma explicação.
Mania de querer ter resposta pra tudo.
Talvez era por isso que todos aqueles meses pareciam tão difíceis.
Era isso, era essa a explicação!

Inferno astral, 2011, sorte, azar,
Perder a semente que plantou.
Colher algo que não se escolhe.
Retirar da terra tristes galhos ressecados e tentar renascer.

Observar as outras flores a surgir com a água da chuva.
Não era nada otimista.
Eram vidas insistentes.
Era a contestação de qualquer tipo de sorte.
Era a desmistificação de qualquer temor.
Era a fuga de qualquer aparencia segura
Que gritasse perigo
Devagar, e com calma.
Que se fosse para ficar, se explicasse.
Que houvesse entendimento.
Lento, passageiro, com todo o seu sincero e puro horror