Friday, December 18, 2009


Lá dentro


Josueliton. 28 anos.
Mora em Maceió.
Talvez estivesse querendo consertar alguma coisa.
Pois haviam 54 parafusos em seu estomago e mais alguns pregos.
Tentou abrir algo lá dentro com 22 chaves
Em seguida preferiu cortar algo com 31 pedaços de lamina para barbear
Depois quis pagar o seu interior com pífias 8 moedas, pontuar seus sentidos com 1 relógio, acender seu coração com 4 fusíveis, separar pedaços lá dentro com 1 tesoura pequena.Impulsionar seus batimentos com uma mola, provocar sensações com agulhas e outros pedaços de objetos encontrados , que totalizaram 151 itens engolidos.
Ele agora está em frangalhos, mas passa bem.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/12/18/ult5772u6699.jhtm

Tuesday, December 15, 2009


sobre o que não há

(13.12.2009 analogias a 13/08/2009)


Estava alí

Na parede de dias esquecidos

Mas resolveu resgatar alguma coisa

Mesmo que nao sua

Qualquer raiva andarilha, vingança, saliva, suor,afeto, bala perdida, paixão escurecida pela poeira dos dias

Aquela que nao virará amor, mas sempre ressurgia, ao passar dos meses

Nao temia nada, sempre repetia que o que nao faltava era a coragem,

…e de fato nao faltava

Então o dia caiu, a chuva deu um espaço

Para uma nova esquina, dessa vez sem tantas delongas

Não falava, mas disse

E nao era o idealismo que existia

Nem tampouco uma perfeição que supera os dias

Mas a inércia de sentimentos putrefatos

Pois queria mais

O que fosse

Gemidos, fluídos, discursos falidos…

Nenhuma pretensão

Monday, December 14, 2009


um sonho antigo

porque hoje está muito feliz.

amanha talvez escreva...(11.12.2009.)



E andava novamente em ruas escuras.

E aí encontrrou uma festa, onde todos dançavam ao som do nada.

Correu daquele lugar e encontrou alguem.

Conversavam entre as vielas formadas em um imenso jardim.

De repente ele se esquivou e caiu do outro lado.

Quando pensou em atravessar para alcança-lo , subitamente ele se transformou em uma placa.

Mas ela se movimentava enquanto conversavam.

E aí percebeu que eles corriam em sua direção e que não podia se comunicar com elas.

As placas não podiam falar e todos eram contra.

De repente se viu naquela passarela, mas quando virou para o seu caminho, a ponte só chegava a metade.

Pensou em descer as escadas.

Alí alguns policiais surgiram, como se tivessem saído da década de 50.

Possuiam quepes de um azul queimado, e as roupas pesadas na mesma cor.

As botas traziam uns marrons falhos , e o cinto marcava a cintura.

O casaco por dentro da calça possuia grandes bolsos, e nos braços uma arma antiga, parecida com uma espingarda.

Os quatro olharam de forma apreensiva para ela e ergueram os punhos ao mesmo tempo.

Foi então que ela pulou e cau na rua movimentada.