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Ela às vezes parecia desamorosa quando enchia a boca de cerveja ou qualquer outra bebida ocupando o espaço de um beijo.
Ela dispersa rápido, por mero jeito desligado.
Desligada, às vezes deixa ou faz coisas por mera distração.
Agora tenta ficar atenta a tudo, mas se cansa mais rápido.
Às vezes prefere a vida às pessoas, pois algumas já estão meio mortas.
Frequentemente se deixa levar por acessos de afeição intensa a algo no ar que a toma como se não precisasse de mais nada.
Arrepia-lhes os pelos do braço, esquenta os olhos, palpita o peito, trava a saliva, algo que parece ser além da sua própria vida.
Parece irreal para alguns, mas quando vê revela tanto coisas que muitos levam quase a vida toda a sete chaves.
Desajeita um abraço às vezes, e os dá no imaginário só, quando enche os olhos de brilhos saudosos.
Sempre a ter imagens de coisas vivazes em cor, forma, cheiro, luz, vozes, frases, como se assim fosse mais presentes do que realmente foi um dia.
Ela não para nunca, e sempre para.
Não costumava gostar de textos diretos sobre sua pessoa, ou frases tomadas de músicas ou escritores impressas em perfis sociais, mas vê que a subjetividade às vezes revela mais do que deveria, e ainda assim guarda coisas que nem ela sabe, e talvez nunca saiba.