Wednesday, July 29, 2009


Da série : os abalos da Medicina Parte II


Ou: E eu nunca imaginei que faria yoga na vida...

Por favor você pode falar mais alto durante as orientações???
Eu tenho problema de audição!!!

Sunday, July 26, 2009


Da série: os abalos da medicina

- Então, o que deu?
-Nada grave
-Ah, que bom!
-Apenas uma esofagite e uma hérnia
-Hã???
-Mas depois você conversa com seu médico
-Ah, então não era gastrite...
-Não, você tá com gastrite, também!

Thursday, July 23, 2009






“... porque os espíritos pobres nunca enriquecerão...”

Monday, July 20, 2009


Saúda aos temores...

muito bem vindo, Sr. Caos.

Friday, July 17, 2009


De volta


Andando na linha
Da faixa adaptada para cegos
Subindo a escada ofegante, enquanto a rolante não vem
Enojada com a quantidade de chicletes grudados por ali
Num chão sujo da passarela da Rebouças
Correndo novamente atrás do ônibus laranja
E do trem azul
Dormindo nas voltas raras para casa
Olha o relógio digital assim que o céu surge
Em meio a algumas árvores existentes ali na Faria Lima
É 8h44, de novo.
Dá tempo de chegar na Consolação , sem pressa
Comprar o mesmo pão na chapa na padaria da esquina
Depois admirar o sol por entre os prédios, afanado pela persiana
Cheiro de fumaça, que acolhe.
Não irrita tanto mais
A quantidade de pessoas que formam transito
Na calçada
Sempre a cantar ou falar sozinha
Passada a ressaca , dá até vontade de andar por lá hoje de novo
Na Augusta
Mais uma vez vai conversar com garçons, que não encontra novamente
Não entende o porquê
Deixou de ir no cinema hoje
É quinta feira, faz uma semana
Que acordou as 18h00

Friday, July 03, 2009




Ela às vezes parecia desamorosa quando enchia a boca de cerveja ou qualquer outra bebida ocupando o espaço de um beijo.
Ela dispersa rápido, por mero jeito desligado.
Desligada, às vezes deixa ou faz coisas por mera distração.
Agora tenta ficar atenta a tudo, mas se cansa mais rápido.
Às vezes prefere a vida às pessoas, pois algumas já estão meio mortas.
Frequentemente se deixa levar por acessos de afeição intensa a algo no ar que a toma como se não precisasse de mais nada.
Arrepia-lhes os pelos do braço, esquenta os olhos, palpita o peito, trava a saliva, algo que parece ser além da sua própria vida.
Parece irreal para alguns, mas quando vê revela tanto coisas que muitos levam quase a vida toda a sete chaves.
Desajeita um abraço às vezes, e os dá no imaginário só, quando enche os olhos de brilhos saudosos.
Sempre a ter imagens de coisas vivazes em cor, forma, cheiro, luz, vozes, frases, como se assim fosse mais presentes do que realmente foi um dia.
Ela não para nunca, e sempre para.
Não costumava gostar de textos diretos sobre sua pessoa, ou frases tomadas de músicas ou escritores impressas em perfis sociais, mas vê que a subjetividade às vezes revela mais do que deveria, e ainda assim guarda coisas que nem ela sabe, e talvez nunca saiba.